O relatório divulgado nesta semana ainda aponta crescimento geral de nações emergentes e avançadas. No topo dos que tiveram mais despesas no ano passado estão os Estados Unidos, que desembolsaram US$ 12 bilhões a mais em viagens ao exterior. A China gastou US$ 8 bilhões a mais, mas ainda é considerada a líder de despesas turísticas no mundo. Já a Rússia gastou US$ 7 bilhões a mais, o que a coloca, junto com o Brasil, nas economias que estão se recuperando de gastos mais fracos nos anos anteriores.
O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, comemorou os resultados e atribuiu o país às políticas públicas que estão sendo implantadas e a forma como o povo brasileiro tem encarado o turismo. “Os números demonstram que o brasileiro está viajando mais e nosso objetivo é canalizar todo esse potencial para estimular o turismo doméstico, queremos que cada vez mais os brasileiros descubram as belezas e encantos do nosso país, sem esquecer do visitante estrangeiro”, explica Lummertz.
Os gastos de estrangeiros no Brasil também têm sido positivos. Apenas nos dois primeiros meses do ano, receita cambial turística totalizou US$ 1,39 bilhão, maior valor registrado desde o início da série histórica na década de 90. Os números positivos foram impulsionados também pelo início do visto eletrônico para turistas canadenses, japoneses, australianos e americanos em janeiro deste ano. Apenas em fevereiro e março, os dois primeiros meses que a medida entrou em vigor nos quatro países, a solicitação de vistos para o Brasil apresentou crescimento de 48,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O número de autorização de entrada no país, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores (MRE), saltou de 29.697 para 44.007.
Segundo a OMT, o aumento é atribuído a conectividade aprimorada, maior facilitação de vistos e uma recuperação econômica global. "As economias emergentes desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do turismo e estamos muito contentes em ver a recuperação da Federação Russa e do Brasil, e o contínuo crescimento da Índia, já que esses importantes mercados emergentes contribuem para o crescimento e a diversificação do mercado em muitos destinos", disse o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.
Todos os 25 principais mercados de origem relataram maiores gastos com turismo internacional em 2017, conforme destacado no último Barômetro de Turismo Mundial da OMT. A China consolidou sua liderança como a que mais gasta em viagens ao exterior em 2017, com US$ 258 bilhões em despesas (+ 5% em moeda local). Estes fortes resultados no turismo de saída são consistentes com o aumento de 7% nas chegadas de turistas internacionais em 2017. A demanda por viagens foi particularmente alta na Europa, onde as chegadas aumentaram 8% no ano passado.
*Fonte: Agência de Notícias do Turismo