Trem das Águas, Minas Gerais
Foto: Divulgação ABBOTTC


O Grupo de Trabalho de Turismo Ferroviário retomou as atividades em busca de formas para impulsionar o setor no Brasil. Uma reunião acontecida em 26 de fevereiro em Brasília (DF) discutiu a necessidade de avanços legais e normativos para o adequado desenvolvimento do turismo ferroviário. A próxima reunião acontece no mês de abril.

O Grupo de Trabalho é coordenado desde 2010 pelo Ministério do Turismo e um dos objetivos, segundo o diretor de Planejamento e Gestão Estratégica do MTur, Neusvaldo Ferreira Lima, é unir esforços em prol da ampliação do segmento.  "É importante que o turismo ferroviário esteja em evidência”, destacou.

Atualmente o Brasil possui mais de 30 trens turísticos em operação. Para o presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais (ABBOTTC), Adonai Arruda Filho, o desenvolvimento do setor favorece a preservação da história nacional. “Nos locais onde existe um trem turístico, você acaba preservando o patrimônio e induzindo o aumento do turismo”, afirmou.

Para o o coordenador de Patrimônio Ferroviário do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Alan Machado, é preciso empenho na preservação das estruturas ferroviárias com fins turísticos.


Litorina na Serra do Mar do Paraná
Foto: Divulgação ABBOTTC

“Hoje, o volume de turistas que visitam equipamentos dessa natureza chega a quase 3,5 milhões por ano. E isso gera fluxo turístico, gera emprego e gera distribuição de renda. Tem uma história muito rica nessa área, e nós precisamos resgatar isso”, destacou o presidente do Brasil Convention & Visitors Bureau, Márcio Santiago. 


Além do MTur, fazem parte do GT de Turismo Ferroviário representantes do Ministério dos Transportes, do DNIT, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Ministério do Meio Ambiente, do Brasil Convention & Visitors Bureau e empresários do setor, entre outros. Dados do MTur apontam para investimentos de mais de R$ 20 milhões, desde 2003, na recuperação de equipamentos, estações e trechos de linhas férreas em todo o Brasil.